A Carrinho Empreendimentos, que detém 100% do Banco de Comércio e Indústria Angola (BCI), adquiriu o banco por 16,5 mil milhões Kz, através de um leilão em bolsa, no âmbito do Programa de Privatizações dos Activos do Estado (Propriv).
Recorde-se que o Grupo falhou a compra de participações no BFA, o grupo garantiu em 2021 o controlo total do então público BCI, numa transacção polémica, por conta dos valores pagos ao Estado, considerados muito baixos além do próprio procedimento do negócio que levantou suspeitas de favorecimento, apesar do leilão em bolsa.
O Banco Keve, será o próximo a passar para a Carrinho, tem, neste momento, um activo avaliado à volta de 1,02 biliões Kz e 85,4 mil milhões Kz de capitais próprios.
Segundo o site da instituição, o banco tem como principal accionista a Spot Investimentos (37,41%), seguida de Rui Cambos (30,43%) e Vasco Campos (8,83%). Os restantes 23,33% são identificados como outros.
O jornal E&M, revela que apesar de a sua entrada no capital não ter ainda autorização do regulador, bem como da Autoridade Reguladora da Concorrência, no conglomerado de Benguela já tem funcionários a mandar no Keve.
Processo levanta suspeitas de violações à Lei da Concorrência e das Instituições Financeiras.
O Grupo Carrinho vai concretizar a sua pretensão de dominar o sector financeiro, ambição manifestada, em Setembro do ano passado, por altura do lançamento da empresa Congolion, o braço financeiro do grupo, durante as comemorações dos seus 30 anos de existência.
Transformado desde então em sociedade anónima, o grupo entrou também no sector segurador, com a criação da Viva Seguros, que controla indirectamente através do BCI.
