O Governo angolano aprovou na sexta-feira, 26 de Julho, a criação de Conselho Nacional de Protecção de Florestas e Fauna Selvagem, que vai funcionar como um órgão de consulta do Titular do Poder Executivo.
Em reação a informação, tornada pública, o Presidente da associação Minuto Verde, Rafael Lucas, entende que a criação do Conselho Nacional de Protecção em Angola é uma medida que deve ser aplaudida e comemorada por todos os que se preocupam com a sustentabilidade ambiental e a conservação da biodiversidade no país.
Realçando que Minuto Verde- Quercus Angola enquanto instituição comprometida com a defesa do meio ambiente e a promoção de políticas públicas eficazes, vê nesta iniciativa um passo essencial na preservação dos recursos naturais.
“Entendemos que está medida poderá proporcionar alguns ganhos, sua pertinência temporal e a utilidade específica do Conselho na proteção da fauna angolana”, disse, para depois apontar alguns sectores chaves que poderão beneficiar deste conselho.
Fortalecimento Institucional e Político
A criação do Conselho de Proteção às Florestas e Fauna representa um fortalecimento das estruturas institucionais e políticas dedicadas à conservação ambiental em Angola.
Rafael Lucas, reconhece que a nova entidade proporcionará uma abordagem coordenada e integrada para a gestão dos recursos florestais e da fauna, assegurando que as políticas públicas sejam implementadas de forma eficaz e eficiente.
Proteção e Conservação da Biodiversidade
Angola possui uma rica biodiversidade, com inúmeras espécies endêmicas que necessitam de proteção urgente, assim sendo, o Conselho terá um papel crucial na implementação de estratégias de conservação que visem proteger estas espécies, muitas das quais estão ameaçadas de extinção devido à perda de habitat e à caça furtiva.
Desenvolvimento Sustentável
A gestão sustentável dos recursos florestais e da fauna é fundamental para o desenvolvimento econômico de Angola. O Conselho pode promover práticas sustentáveis que não só preservem o meio ambiente, mas também gerem empregos e rendas para as comunidades locais, especialmente através do ecoturismo e da exploração sustentável de produtos florestais não madeireiros.
Combate à Caça Furtiva e ao Tráfico de Animais
A caça furtiva e o tráfico de animais são problemas graves que ameaçam muitas espécies em Angola. O Conselho terá a missão de reforçar a aplicação das leis existentes, além de desenvolver novas estratégias para combater esses crimes, em colaboração com as forças de segurança e organizações internacionais.
O número um da Minuto Verde-Quercus Angola, reitera o apoio a criação do Conselho de Proteção às Florestas e Fauna.
Sublinhando que esta medida representa um avanço significativo para a conservação ambiental em Angola e oferece uma estrutura robusta para enfrentar os desafios atuais que são enormes e futuros.
“No entanto, é fundamental que o Conselho seja dotado de recursos adequados, tanto financeiros quanto humanos, para cumprir sua missão, além disso, a transparência e a participação permanente de ONGs voltadas à preservação e proteção da natureza, devem ser pilares fundamentais da sua atuação, garantindo que todas as partes interessadas tenham voz e possam contribuir para o sucesso das iniciativas de conservação”.
Para Rafael Lucas, o futuro das florestas e da fauna de Angola depende das ações que tomamos hoje. A criação deste Conselho é um passo crucial, mas é apenas o começo de uma jornada longa e desafiadora. Com compromisso, colaboração e uma visão clara.