Até aí, tudo parecia andar bem. O problema é que feitas as contas, chega-se à conclusão de que os níveis de produtividade na aldeia estâo longe de permitir ao agricultor cumprir com o engajamento assumido.
O resultado é que se por exemplo, o compromisso for da ordem de uma tonelada e o agricultor produzir apenas 1.200kg, ele e família ficam com apenas 200kg para o consumo até à próxima colheita.
É de facto uma grande tentação para os nossos modestos agricultores e para qualquer um, no nosso contexto económico e social, essa “oferta” de dinheiro fresco em tempo de crise mas no fim ela tem mesmo o sabor de “presente envenenado.”
Teria sido mais justo, o Estado definir políticas claras e equilibradas de incentivo à produção agrícola e desenvolver o comércio rural como no tempo colonial em que havia uma loja sempre bem recheada, mesmo nas áreas mais recônditas, exactamente como incetivo à produção.
A política actual daquela poderosa empresa, ao invés de desenvolver como o fazia a antiga Extensão Rural de Angola (ERA), está claramente a empobrecer os agricultores mais fracos que são largamente a maioria.