O Grupo Opaia realizou uma feira de emprego, nesta quarta-feira, 18 de Junho na Zona Económica Especial (ZEE) que movimentou milhares de jovens para preenchimento de apenas 100 vagas disponíveis.
A exposição pública de jovens que acorreram desde as primeiras horas do dia, chamou atenção do Presidente do Movimento de Estudantes Angolanos, Francisco Teixeira, que no seu entender às feiras de emprego servem apenas para humilhar a juventude angolana, onde 50% é desempregada.
Numa acção fiscalizadora através de vídeos publicados nas redes sociais, Francisco Teixeira considera um insulto o nível de desorganização da suposta feira. “O que devia ser um espaço de esperança transformou-se num palco de frustração para juventude”.
Avança que o desemprego, não se resolve com espetáculos, mas sim com políticas sérias de inclusão produtiva, com investimento real em formação técnica e abertura de postos de trabalho decentes.
Por que não fazer esta seleção online? Por que submeter os jovens a esta peregrinação pública pelo “privilégio” de serem ouvidos durante 2 minutos. Anunciar 100 vagas para um “mar” de jovens desesperados não é combate ao desemprego — é marketing político mal disfarçado de oportunidade.
Sobre o Grupo
O grupo angolano Opaia venceu o concurso para a privatização da fábrica de montagem de automóveis anteriormente pertencente à CIF, China International Fund, em Maio do corrente ano.
O Grupo Opaia, fundado em 2002 por Agostinho Kapaia, adquiriu a antiga fábrica de montagem de automóveis da CIF (China International Fund). Essa fábrica está localizada na Zona Económica Especial Luanda-Bengo.