O “Pau Grande” é o maior centro de produção de documentos falso do país, localizado no município do Cazenga, entretanto, continua a prosperar abertamente como fonte de alternativas para cidadãos que buscam ‘esquivar’ a burocracia administrativa.
O centro de processamento de documentos falsos, ilustra uma disfunção sistémica, tem servido de escapatórias, para vários cidadãos com maior fluidez nos últimos tempos para moto-taxistas, que através do ‘canal’, conseguem a licença de condução falso na hora a custo de 7 mil kwanzas, diferente dos 15 dias dados pela Direcção de Trafego e Mobilidade ao preço de 4 mil kwanzas.
A investigação do jornal O FLAGRANTE revela que o esquema é montado à porta da Administração municipal, guarnecida por seguranças privados e agentes da Polícia Nacional. Os ‘funcionários’ do “Pau Grande”, abordam os cidadãos que se dirigem à administração para tratar algum documento, oferecendo facilidades e agilidades no processo, num contexto de reconhecida burocracia administrativa. Esta proximidade e a alegada convivência com as forças de segurança levantam sérias questões sobre a integridade institucional e a aplicação da lei em Angola.
Um dos aspectos que mais chamou atenção durante a nossa reportagem é a postura da Polícia Nacional no município do Cazenga. Apesar de conhecer a fonte da falsificação, limita-se apenas na retenção de licenças falsas e em muitos casos termina em apreensão do meio (motorizada).
A lista de documentos mais solicitados através do “Pau Grande” abrange ministérios e serviços essenciais, incluindo Justiça, Saúde, Educação, Defesa, a Direcção Nacional de Viação e Trânsito e o Serviço Integrado de Atendimento ao Cidadão.
Os custos dos serviços do pau grande, não se distancia muito dos valores oficiais pagos por via normal, o acréscimo justificado como gasosa pela suposta facilidade no processo, o que o utente não sabe é que,acaba levando um documento falso.
Iª Parte
