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Quarta-feira, Dezembro 3, 2025

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Marrocos: Conferência debate dignidade das vítimas de terrorismo

No encontro continental em Angola também se fez representar, o titular dos Negócios Estrangeiros de Marrocos enfatizou a necessidade de se reconhecer as vítimas não apenas como pessoas que precisam de apoio, mas também como actores.chave na prevenção.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Africana e dos Marroquinos Residentes no Estrangeiro, Sr. Nasser Bourita, apelou na terça-feira, em Rabat, à adoção de uma abordagem africana ambiciosa e determinada, baseada na dignidade das vítimas do terrorismo, na justiça e numa genuína responsabilidade coletiva face ao ressurgimento da ameaça terrorista em África.

Ao discursar na abertura da primeira Conferência sobre Vítimas Africanas do Terrorismo, organizada em parceria com o Escritório das Nações Unidas de Combate ao Terrorismo (UNOCT), Bourita afirmou que este encontro continental representa um passo crucial na reformulação das estratégias africanas, colocando os sobreviventes no centro das políticas públicas e dos esforços coletivos para combater o extremismo violento.

O ministro enfatizou a necessidade de reconhecer as vítimas não apenas como pessoas que precisam de apoio, mas também como actores-chave na prevenção e na resiliência, que podem contribuir diretamente para o desenvolvimento de respostas africanas mais humanas, mais eficazes e mais fundamentadas.

O governante marroquino lembrou que a África continua sendo a região mais acfetada pelo terrorismo, com uma notável intensificação dos ataques, particularmente no Sahel e na África Ocidental, onde essa violência causou milhares de vítimas e levou a deslocamentos massivos, evasão escolar, destruição de comunidades inteiras e erosão da coesão social.

“O terrorismo não é um mero evento passageiro, mas sim um rompimento do tecido social, um enfraquecimento das economias locais e uma tentativa sistemática de implantar o desespero e causar a perda da sensação de segurança”, disse Bourita, referindo-se às comunidades deslocadas, às famílias destruídas e aos jovens privados de um futuro.

O ministro afirmou que esta Conferência faz parte da orientação sábia de Sua Majestade o Rei Mohammed VI, que Deus o ajude, que faz da África um eixo prioritário da política externa marroquina, baseada na solidariedade, na cooperação e na partilha de experiências.

No encontro em que Angola também se fez representar, Bourita indicou que o objectivo central do evento é transformar o reconhecimento das vítimas em um compromisso africano concreto e estruturante. Ele também reiterou que o Escritório do Programa do UNOCT em Rabat tem o papel fundamental a desempenhar na capacitação, assistência técnica e apoio às vítimas em nível regional.

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