A recolha obrigatória das máquinas de jogo, até então proibidos, que envolvem moedas, vulgo caça-níqueis, parece conhecer uma paragem ‘esforçada’, pelo facto da sua permanente proliferação em zonas suburbana entre ruas e mercados, onde maiores aderentes continuam sendo as crianças.
A polícia continua a actuar e a apreender os aparelhos mas, porém, os proprietários das máquinas ou estabelecimentos comerciais, conseguem sempre recuperar as máquinas, mediante pagamento de ‘propinas’, de acordo com dados colhidos pelo O FLAGRANTE.
Bairros periféricos com pouca presença policial, nomeadamente, Malueca e o Grafanil Bar, ou os bairros Caop A B e C, e o Boa Fé (Viana), Golf e Calemba 2 (Kilamba Kiaxi), Madeira e Prenda, o negócio ainda continua ao rubro e uma boa parte dos utilizadores são crianças.
Em época natalícia, a procura pelas ‘máquinas da sorte’, cresce significativamente, sendo crianças e adultos, na luta de alguns trocados para responder a despesa do natal.
Num comunicado do Serviço de Investigação Criminal em Luanda , emitido no mês de Junho, avançava que mais de 510 máquinas de jogos da sorte, também conhecido por “caça-níqueis”, havia sido apreendidas com mais de 6 milhões de kwanzas, no âmbito de uma operação coordenada com o Instituto de Supervisão de Jogos.
De acordo ainda com o SIC, os dispositivos destas máquinas são importados de forma ilegal e montados clandestinamente sem o licenciamento do órgão competente.