O Governo Provincial de Luanda (GPL) disse hoje que “acompanha com elevada preocupação” os atos registados hoje de manhã, em diversos pontos da província, no primeiro dia de paralisação dos taxistas, marcado por ações de vandalismo.
De acordo com um comunicado do GPL, os acontecimentos registados foram caracterizados “por distúrbios e atos de vandalismo associados à paralisação forçada da atividade de táxi”.
Segundo o governo da província de Luanda, capital de Angola, “as principais associações e cooperativas de táxi, que inicialmente haviam anunciado uma greve, cancelaram oficialmente a paralisação durante o fim de semana, no quadro de um esforço de diálogo com as autoridades, com vista à resolução dos pontos de reivindicação apresentados”.
“Contudo, nas últimas horas, grupos de indivíduos não identificados e sem legitimidade representativa da classe dos taxistas voltaram a convocar ações de paralisação, promovendo atos de intimidação e violência, com agressões a viaturas que circulam pela via pública – incluindo aquelas que não prestam serviço de táxi”, refere no comunicado.
Estes atos “de vandalismo, agressões a trabalhadores, destruição de bens públicos e privados, assim como qualquer coação sobre cidadãos que desejam exercer livremente as suas atividades”, foram condenados “com veemência” pelo GPL.
À população de Luanda, em particular aos operadores de táxi e demais profissionais dos transportes, o GPL apelou “para que mantenham a serenidade, o civismo e a confiança nas instituições públicas, evitando a adesão a ações de caráter violento e destrutivo”.
No documento, o GPL realça que “estão em curso investigações para a identificação dos autores e instigadores destes atos criminosos, os quais deverão ser responsabilizados nos termos da lei”.
No início deste mês, o preço do gasóleo passou de 300 para 400 kwanzas por litro (0,28 para 0,37 euros), no âmbito da retirada gradual pelo Governo do subsídio aos combustíveis, iniciada em 2023, levando a um reajuste das tarifas dos transportes públicos.