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Segunda-feira, Outubro 13, 2025

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Emitidas entre 2023 a 2025: Finanças não paga ordens de saque externas

Emitidas entre 2023, 2024 e 2025, ordens de saque que já deveriam ser pagas continuam embargadas no Ministério das Finanças que, entretanto, não diz nada. Empresários andam com os nervos à flor da pele por isso, uma vez que têm obrigações e deveres a cumprir com os trabalhadores e impostos.

O Ministério das Finanças é instado a proceder a liquidação de ordens de saques sobretudo externas que emitiu, faz tempo, para pagamento às empresas que forneceram bens e serviços ao Estado.

Quando se emite uma ordem de saque, significa que logo a seguir o dinheiro está disponível para ser movimentado. “A ordem de saque é uma garantia de que o dinheiro está aí, mas acontece, porém, que o MINFIN nos tem emitido cheques em branco, portanto, sem cabimentação, o que é mau para a manobra das nossas empresas”, disseram os empresários contactados por este jornal.

De acordo com eles, este procedimento do pelouro dirigido por Vera D’Aves concorre para a falência das empresas. “Por causa dessa morosidade nos pagamentos, temos empresas que estão a despedir trabalhadores, ou mesmo já a encerrar e outras já falidas. O MINFIN está a matar as empresas”, afirmaram.

Ao não serem liquidadas as ordens de saque externas isso também leva à retração do investidor externo que terá receio de cá vir empatar o seu dinheiro. “O operador externo não vai colocar aqui o seu dinheiro sabendo que terá problemas de ser ressarcido”, sublinharam, augurando que as Finanças devem encontrar uma nova abordagem de pagar as dívidas a quem comprovadamente trabalhou pata o Estado.

Há obrigações a que as empresas estão sujeitas como por exemplo, o pagamento da Segurança social, a AGT, e salários. “Se não nos pagam, obviamente, também ficamos em falta com os impostos e salários”.

Culpam a ministra das Finanças, mas também o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, pelos sistemáticos atrasos, no pagamento destas dívidas que fazem falta à manobra das empresas para se manterem no mercado.

Afirmam ainda que o arrastar das dívidas às empresas também pode contribuir negativamente para o sucesso eleitoral do MPLA que suporta o Governo nas próximas eleições daqui há dois anos.  E fundamentam: “Ao despedirmos funcionários, estaremos a frustrar as suas expectativas, e apercebendo-se que o Governo é do MPLA, em 2027, muitas destas famílias que saem prejudicadas, por causa do desemprego, votarão contra, beneficiando, naturalmente a UNITA”.

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