Jurista e comentador da TPA afirmou este domingo que uma viragem de regime, ou seja no caso de a UNITA ser poder em 2027 seria um retocesso de grande magnitude. Um recuo de 25 anos.
Eugénio Clemente argumentou que nada mais pode ser nocivo para o progresso desse pais se não uma brusca mudança de regime e socorreu-se de exemplos vários em África, onde as mudanças na direcção dos países não trouxe absolutamente nada de novo em termos de desenvolvimento económico e bem estar das suas gentes.
“Imaginemos que a UNITA ganhe hoje as eleições. O que fará deste país. Até perceber como funciona a Sonangol, ou a Endiama, já estará o final do mandato sem agregar nada” disse.
De acordo com ele, a UNITA debate-se até mesmo com o problema de quadros. “Quer ao nível comunal, municipal, ou provincial, como pode alavancar a máquina governativa para funcionar?”, questionou, avançando que sendo poder , a UNITA levaria o país a um retrocesso de 25 anos.
No seu entender, seriam dez anos de andar às apalpadelas, e mais outros tantos para tentar acertaros passos.
“O Presidente João Lourenço, logo que assumiu a direcção do país elegeu o combate à corrupção como bandeira e reformas económicas. Mas o que isso deu? “, questionou, salientando que a resistência a estas mudanças necessárias e urgentes para a normalização das instituições e do país.
Logo, de acordo com ele, os angolanos precisam de ter muita cautela, sob pena deste pais não dar em nada.
A tese de Eugénio Clemente é corroborada pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Angola-Emirados Árabes Unidos. Braulio Martins tem dito que o Presidente João Lourenço é bem referenciado nos paises Árabes, nomeadamente nos Emirados Árabes Unidos, onde conseguiu, no âmbito da diplomacia económica por si encetada, arregimentar recursos financeiros para alavancar a economia.
“Ele é bem visto nestes países, abriu portas para a entrada de dinheiro fresco para Angola. Vindo no poder outra figura, como ficarão estas boas iniciativas?”, questionou Braulio Martins.