Empresa Genea Angola acusada de voltar a tirar sono dos moradores, da zona do Onga, Cabolombo, município do Talatona em Luanda, ao ‘reacender’ um litígio visivelmente resolvido há anos.
Quase dois anos depois, moradores do Onga no Talatona, dizem estar aterrorizado pelo posicionamento da empresa Genea Angola, que entendeu colocar mais de 35 seguranças de empresa privada (não identificada) no espaço onde residem famíliasangolanas, impedindo a livre circulação de pessoas e bens na zona.
Na terça-feira, 14 de Outubro, uma equipa do Tribunal de Comarca de Luanda “Dona Ana Joaquina”, escoltada por um contingente de seguranças de empresa privada e dois efectivos da Polícia Nacional de Ordem Pública, fez-se ao espaço, com um Mandado de Restituição Provisória da Posse, passado pelo Juiz de Direito da 3ª Secção da Sala do Civel Isidro Coutinho e assinada pela escrivã Hilária Calesse, que ordena a entrega da posse do Vale do Tâmega a Genea Angola enquanto requerente.
O espanto dos moradores reside no facto da Genea Angola está disputar um espaço sem conhecer a sua localização geográfica, o Mandado que orienta a entrega provisória do Vele do Tâmega foi afixado na zona do Onga Cabolombo.
Entretanto, dois espaços geograficamente diferentes, a separação entre ambos, dista aproximadamente 700 quilómetros. “Nós provamos de todas formas legais, que o terreno pertence a senhora Victoria, o estranho é o facto da Genea Angola ressurgir e com uma nova secção e novo Juiz de Direito”, disse uma das fontes.
O desenrolar da história…
Segundo um documento em posse da nossa fonte, aponta Victória Francisco Vicente como proprietária da parcela de terra desde o ano de 1984, época que a zona em referência, deixou de ser agrícola, situada no Bairro do Onga, zona do Patriota, Município de Belas, Província de Luanda, com uma área total de 31.145,07 metros quadrados, conforme reza a documentação.
Já em 2007, à Senhora Victoria Francisco Vicente junto do seu esposo pretendia vender o terreno afim de fazer consulta médica no exterior do país, visto que o mesmo padecia de insuficiência renal, e para tal, lhe foi apresentado como cliente o senhor, PAUL MARCUIUS ANG, responsável da empresa Genea Angola, negócio esse que não chegou a se efectuar por conta do estado de saúde do marido.
Já no exterior, tomou conhecimento que o seu terreno estava a ser vedado por um indivíduo desconhecido e, consequentemente, destruída a sua residência. No mês de Novembro de 2020, Victoria Vicente deu início ao processo de loteamento do seu terreno, tal como pretendia no ano de 2007.
Entretanto, a empresa Genea Angola é proprietária de uma parcela de terreno sito na Rua Vale Tâmega, no mesmo município , mas separados por perto 700 metros, com uma área de 35.097,66 m, onde construiu o condomínio Vila Village. Conforme consta nos documentos.
Os Requerentes são proprietários do espaço sito na zona do Patriota, Município de Belas, Província de Luanda, atualmente Município de Talatona, zona do Cabolombo, estrada do Patriota, com uma área total de 31.145,07 m10.
Os requerentes não conseguem perceber, as razões que levam a que à Administração Municipal do Talatona, mesmo sabendo dos limites territorial, não tem ajudado a esclarecer sobre as localizações exactas dos referidos espaços, situação que leva os requerentes aos nervos.
Em actualização…
