Mais de de 8 dias se passaram, desde a data do arranque oficial do Censo Populacional e Habitação 2024, a 19 de Setembro, o estranho é o facto de até ao momento os agentes censitários, recenseadores em particular continuam ‘invisíveis” aos olhos da população, por sinal destinatária desta contagem geral.
O último Censo foi realizado há dez anos, naltura totalmente analógico, sem auxilio da tecnologia, muito menos da inteligência artificial (IA), ainda assim, teve maior organização, desde o recrutamento de agentes censitários, divulgação massiva do evento, nos meios de comunicação social (sem distinção entre público e privado), ‘filhos e enteados do Estado’, bem com a execução e apresentação dos resultados.
10 anos depois, o mundo conheceu um ganho no sector das TIC significativos e Angola não fica detrás, no entanto, o “país grande e belo”, como aprendemos, abraçou os passos das tecnologias a 26 de Dezembro de 2017, com o lançamento do satélite AngoSat-1, a partir do Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
Porém, o ‘chorudo’ investimento, não produz feitos na vida do cidadão, nem mesmo para coordenação, que encontra enormes dificuldades das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), para a realização do Censo 2024, entretanto, os erros cometidos desde a preparação até ao momento são visíveis até para os ‘cegos’.
A falta de preparação é visível, apesar da Comissão Organizadora, liderada pelo General Francisco Pereira Furtado, Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, passar ‘maquilhagem’ nas informações tordandas públicas.
Conheças os pontos, que ditam a falta de preparação
Inicialmente a realização do Censo Geral da População e Habitação estava agendado para 19 de Julho, foi adiado “por questões operacionais e logísticas”, apesar do porta-voz da Comissão Interministerial, Hernani Luís, dias antes assegurar na RNA, que estão criadas as condições para o arranque.
Entretanto, o processo de preparação para a realização do Censo 2024, conhece muitos impasses, recorda-se que os exames de selecção dos agentes censitários teve muitas interrupções, primeiro por suposto corte da fibra óptica, depois por problemas de acesso ao site de inscrição, por não suportar o ‘peso’ bruto de candidatos.
Mesmo depois de seleccionados e formados, continua a ‘confusão’ no seio dos agentes censitários, alguns por supostamente serem excluídos das listas, outros, por conta da alimentação, que segundo denúncias tornadas públicas através das redes sociais, vindo de vários cantos do país, por não ser apropriada para o consumo humano…
Outros ainda por estarem a espera dos materiais de trabalho para entrarem em campos, tendo em atenção que faltam poucos dias que já se arrastam alguns dias desde a data oficial do arranque.
Lembra-se que o CENSO PILOTO decorreu também de forma ‘invisível’ nas seguintes províncias: Luanda, Bengo, Lunda Norte, Uíge, Bié, Cuando Cubango e Cunene.