Num momento considerado crucial para o desenvolvimento agrícola de Angola, a Minbos Resources Limited (ASX: MNB) (“Minbos”) e a Fertiafrica Angola assinaram, esta sexta-feira, um acordo que estabelece uma parceria exclusiva para serviços de granulação de fertilizantes, a partir da província de Benguela.
A cerimónia decorreu na sede da Noble Group, em Luanda, e contou com a presença de altas entidades do Governo de Angola, do Embaixador da Índia no país, do Presidente do Conselho de Administração da Noble Group e de funcionários seniores da multinacional, reforçando o peso e a dimensão estratégica do entendimento.
Produção local como motor da agricultura
A parceria prevê que a recentemente inaugurada unidade de granulação da Fertiafrica em Benguela seja o centro de operações para a produção nacional de fertilizantes. A estrutura moderna permitirá aumentar a disponibilidade de insumos agrícolas no mercado interno, reduzindo a dependência de importações e garantindo um produto adaptado às condições dos solos e culturas angolanas.
Segundo a Minbos, o acordo é mais do que um negócio: trata-se de um investimento direto no fortalecimento da cadeia de abastecimento agrícola e na segurança alimentar do país.
“Estamos a criar as bases para uma agricultura mais eficiente, sustentável e competitiva. Este projeto irá apoiar milhares de agricultores e contribuir para o crescimento económico”, afirmou um porta-voz da Minbos durante a cerimónia.
Impacto económico e social
A Fertiafrica Angola sublinha que a produção local vai permitir preços mais competitivos, maior rapidez na distribuição e a criação de novos postos de trabalho na província de Benguela.
“Estamos comprometidos com o desenvolvimento do setor agrícola e com o bem-estar das comunidades. Este é um passo importante para assegurar insumos de qualidade e fortalecer a produção nacional”, referiu o representante da Fertiafrica.
Alinhamento com políticas nacionais
O acordo enquadra-se nos objectivos do Executivo angolano para modernizar a agricultura e alcançar a autossuficiência alimentar, reduzindo a vulnerabilidade do país a choques externos.
A cerimónia foi encerrada com um momento de confraternização entre os representantes das empresas, diplomatas e responsáveis governamentais, assinalando o início de uma colaboração que, segundo as partes, “vai semear o futuro da agricultura angolana”.