O jovem líder da sociedade civil Quese Miliano emitiu uma nota de reconhecimento e solidariedade dirigido ao presbítero provincial de Luanda, Neves de Sousa, que tem sido “crucificado” nos últimos dias por participar das festividade do MPLA em Luanda.
Uma situação que tem gerado várias reaçãoes, alguns apontam a possível partidarização da fé, porém, deve se inverter o pensameto e se questionar o verdadeiro papel da fé, da cidadania e a participação social.
A iniciativa surge num contexto marcado por intensos debates nas redes sociais, após a participação de líderes religiosos em actos de natureza cívica e institucional.
Em vez de alimentar a polarização, Quese Miliano optou por um posicionamento de reconhecimento público, sublinhando a importância do diálogo, da responsabilidade social e do compromisso com o bem comum.
Na nota, o líder juvenil destaca que a fé não se esgota no espaço do templo, mas deve traduzir-se também em atitudes concretas em prol da sociedade, defendendo uma cidadania activa, pacífica e construtiva. O documento ressalta ainda que a presença de líderes religiosos em espaços públicos e institucionais não deve ser interpretada como partidarização da fé, mas como expressão legítima de compromisso com os desafios sociais do país.
Quese Miliano, que tem desempenhado funções de liderança juvenil e participado em programas de desenvolvimento comunitário, tem sido uma das vozes que defendem a aproximação entre juventude, instituições e valores éticos, numa lógica de cooperação e responsabilidade colectiva. Ao assumir publicamente esta posição, o jovem líder reafirma a necessidade de superar discursos de exclusão e incentivar uma participação consciente nos processos sociais e cívicos.
Analistas consideram que a iniciativa representa um sinal de maturidade política e social, ao promover uma abordagem equilibrada num ambiente frequentemente marcado por radicalismos. A nota de reconhecimento é vista como um apelo à tolerância, ao respeito pela diversidade de opiniões e ao fortalecimento do tecido social angolano.
Este gesto reforça, assim, a ideia de que a juventude pode desempenhar um papel relevante na construção de pontes entre diferentes sectores da sociedade, contribuindo para um debate público mais sereno, inclusivo e orientado para soluções.


