A Igreja Mensagem do Último Tempo (IMUT) anunciou a suspensão temporária dos seus cultos a nível nacional a partir do dia 28, uma decisão tomada após profunda oração, aconselhamento e avaliação jurídica.
A informação foi avançada pelo representante legal, Reverendo Fernando Kamalandua, durante uma conferência de imprensa, realizada hoje (26) na sede da igreja localizada no município do Kilamba-Kiaxi em Luanda.
A medida surge na sequência de abordagens públicas que não correspondem aos factos e da veiculação de informações erradas sobre a identidade, ações e relação da igreja com o ordenamento jurídico angolano nas últimas semanas.
O Reverendo Fernando Kamalândua, representante legal da IMUT, dirigiu-se aos jornalistas e fiéis, agradecendo pela oportunidade e reconhecendo um ‘ambiente insensível’ que exige da igreja não apenas firmeza, mas sabedoria. A IMUT, que se autodenomina uma igreja que caminha na luz, optou por responder com espírito de maciez e ordem.
Entre os incidentes que motivaram esta decisão, destaca-se o encerramento de um dos tabernáculos da IMUT na província da Lunda Norte, segundo Reverendo, sem qualquer notificação judicial prévia ou administrativa dirigida à direção da igreja. A IMUT lamenta ter sido alvo de atos que repudia com veemência moral e espiritualmente.
“Esta decisão não é uma admissão de culpa”
A Igreja Mensagem do Último Tempo reafirma ser uma confissão religiosa legalmente reconhecida em Angola desde 1996. A sua dimensão é considerável, contando com mais de 96.000 fiéis, 445 tabernáculos e presença ativa nas 21 províncias do país.
“A suspensão dos cultos é uma medida provisória, visando permitir que as autoridades competentes analisem o processo e respondam às diligências legais apresentadas pela instituição”, assegura o Reverendo.
Fernando Kamalandua sublinhou que esta decisão não é motivada por culpa, mas por responsabilidade, não por medo, mas por fé, e não por pressão, mas por respeito às autoridades, aos fiéis e ao bom testemunho da igreja do Senhor. O líder enfatiza que teme apenas uma coisa, desagradar a Deus.
A IMUT fez um apelo às suas congregações nas 21 províncias para que mantenham a serenidade, a comunhão, a vigilância e a oração.
“Que cada casa se torne agora um altar, que cada família seja templo e que cada líder se mantenha firme no amor, no zelo e na verdade”, apelou.
A liderança da igreja assegura estar a cooperar com todas as autoridades nacionais e manifesta confiança de que a justiça angolana saberá distinguir a luz da sombra, o que é legal do que é suposição, o que é verdade do que é distorção.
