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Quinta-feira, Dezembro 26, 2024

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Jornalistas expulsos do território moçambicano – MISA condena atitude das autoridades locais

Dois jornalistas de nacionalidades portuguesa a serviço da CMTV, foram expulsos do território moçambicano, enquanto cobriam os tumultos na capital do país, por razão dos resultados das últimas eleições presidenciais realizado a 9 de Outubro.

Trata-se dos enviados especiais Alfredo Leite e Marc Ricardo Silva foram expulsos de Moçambique quando cobriam – para o CM, a CMTV e o canal NOW – os tumultos que estão a agitar aquele país na sequência das eleições presidenciais de Outubro.

Segundo Alfredo Leite, as autoridades locais justificaram a expulsão com o facto de ambos estarem munidos de um visto de turista e não de um visto de trabalho – procedimento que, garante, “é muito comum” em situações de crise. “É o que se faz quando o dever de informar impõe uma viagem urgente e é o que acontece quando viajamos para Ucrânia, Líbano, Israel ou EUA – só para citar exemplos recentes”, explica o jornalista.

“É assim com os países democráticos que convivem razoavelmente com a liberdade de imprensa. Infelizmente, não é o caso de Moçambique”, sublinha o jornalista numa publicação da CMTV.

Alfredo Leite e o repórter de imagem Marc Ricardo Silva testemunharam as manifestações de quinta-feira em Maputo. No dia seguinte foram chamados ao lobby do hotel e questionados pelas autoridades moçambicanas. Foi-lhes apreendido o passaporte e, no domingo, foram escoltados até ao aeroporto por “agentes de imigração moçambicana de uma correcção exemplar”. No aeroporto, apanharam avião para Lisboa.

“A cobertura que fizemos, em directo, em bairros de Maputo, e o material que recolhemos para uma grande reportagem começou a incomodar algumas entidades encarregues de manter os jornalistasttty ttt5t tna ordem”, nota Alfredo Leite.

Entretanto, nesta sexta-feira, o MISA Moçambique condenou a expulsão dos jornalistas, considerando que “tomou conhecimento, com bastante preocupação, da expulsão, de Moçambique, de jornalistas portugueses que se encontravam, no país, a fazer cobertura das manifestações que caracterizam a corrente crise pós-eleitoral”.

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