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Domingo, Outubro 26, 2025

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Visita do Presidente gera mau clima entre Ministro e PCA da Rádio Nacional

Desde a visita do Presidente da República João Manuel Gonçalves Lourenço que se instalou um ambiente hostil entre o ministro da Comunicação Social e o PCA da Rádio Nacional de Angola.

Por: Apolinário Mbeleke

Em causa está o facto de Pedro Neto e seus colaboradores terem mostrado ao Presidente da República o elevado estado de degradação da Rádio pública quer a nível da infraestrutura, dos equipamentos como da condições sociais dos trabalhadores.

O primeiro desentendimento ocorreu na noite anterior a visita, quando o ministro pretendia que se removesse as sucatas de viaturas que enchem o parque, facto rejeitado pelo PCA.

Para agravar a situação ao ponto de ser tratado de traidor está o facto de Pedro Neto ter dito ao Presidente da República que nunca recebeu dinheiros para além do salário até para a compra de lâmpadas, facto que deixou muito estupefacto João Lourenço.

Outro desconforto surgiu depois do experiente jornalista Caxala Neto ter dito ao PR, que 80% dos emissores estavam avariados, que os computadores de todas as redações levavam duas a três horas para abrir, os bancos das cabines estavam partidos, quartos de banhos inoperantes, trabalhadores a desmaiaram de fome na cabine, ocorreu por duas vezes na R5, que havia duas folhas de salários sendo uma com boa remuneração, a que dá entrada nas finanças e outra de míseros salários utilizada de facto e cuja jornalistas auferem 120 a 180 mil kzs.

Realidade apoiada por outros jornalistas experimentados naquela casa de Rádio, Hélder Madeira, Adriano Domingos que hoje assumem direção de serviços na RNA. Acrescentaram ainda que quase nenhum director de serviço na Rádio Nacional possui um transporte próprio. O PCA tem feito tudo para inverter a situação.

Todos estes factos foram suficientes para que o PR interrompesse a visita, não tendo por isso passado pelas cabines da Rádio, tão pouco aceitou reunir na única sala equipada confortavelmente para o efeito.

Imagem registada pelo CIPRA, durante a visita do Presidente da República a Rádio Nacional de Angola
Imagem registada pelo CIPRA, durante a visita do Presidente da República a Rádio Nacional de Angola

Como consequência desta considerada pelo ministro de traição, o mandão da CS deixou de despachar com o PCA da RNA, estando agora a fazê-lo com os administradores que por sua vez vão transmitir ao Pedro Neto as conclusões.

Como se não bastasse, é agora o ministro da Comunicação Social que está a gerir a RNA, despachando, processando as folhas de salário, está a equipar com computadores amadores as redações, a montar bebedouros, a comprar água para o consumo, tudo a margem do PCA.

E a pergunta que se coloca agora é, qual será a posição do Presidente da República diante desta bandalha que afecta o maior órgão de comunicação social do país, a voz do Estado?

Que vantagens trouxe a fusão dos ministérios das telecomunicações e da comunicação social que colocou nas mãos de técnicos de electrónica a regulação da política da comunicação Social no país ? O contrário teria tido respaldo, ou seja, é possível nomear um jornalista para gerir este órgão no formato em que se encontra?

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