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Quinta-feira, Abril 24, 2025

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“A verdadeira festa da paz não deixa irmãos de fora” – afirma Júlio Bessa

O Presidente do partido Cidadania, Júlio Bessa, reconhece que a construção desta Angola que soma hoje 23 anos de paz, assenta nos pilares da tolerância e perdão, diferente do rumo que se tem dado a mãe Pátria.

A verdadeira festa da paz não deixa irmãos de fora, “assisti e fui partícipe, enquanto ministro das Finanças e membro do Conselho de Defesa Segurança do pais, em 2002, os derradeiros momentos do estabelecimento da paz, quando o seu obreiro determinou que não mais um tiro ou uma bomba devia ceifar a vida dos nossos irmãos”, disse.

Júlio Bessa, recordar o ex-presidente, José Eduardo dos Santos, num dos seus muitos momentos históricos de grande estadista, foi pragmático, magnânimo e conciliador, determinando aos comandantes militares, de forma peremptória, o fim da guerra e das hostilidades entre irmãos.

O candidato a corrida presidenciais, afirma que esta paz não está completa, porque as hostilidades politicas do passado permanecem até aos nossos dias.

OS TRÊS HERÓIS GLORIOSOS “AGOSTINHO NETO, HOLDEN ROBERTO e JONAS SAVIMBI”

“Ainda imperam as desavenças  violentas interpartidárias. Ainda se mata por se ser deste ou daquele partido político. O “ódio-militante” ainda anda em nós, não nos permitindo perceber que não se constrói um pais na base do ódio mas da tolerância, do perdão, da justiça e dos consensos, sem deixar ninguém de fora”, lamenta.

“A construção do país independente nos limites geográficos actuais congrega vários povos, unidos pela força do fuzil e não foi antecedida da concertação sobre que país queremos, entretanto, os três irmãos, mesmo lutando contra um inimigo comum, não foram capazes de juntar-se numa plataforma comum”, parafraseou Reverendo N’tony N’zinga.

E o mais grave, na perspectiva histórica, de Júlio Bessa, é o facto de populações inteiras ainda enfrentam o estigma de terem sido ou terem um certas forças politicas dos  seu familiar que militou ou que pertenceu a movimentos de libertação.

“Muitas dessas pessoas com quem tive o prazer de conversar e conviver por algumas horas, no seu silêncio, ainda não desfrutam dos beneficios da paz. Psicológica e socialmente, os seus corações se encontram arredados e excluidos da independência e do processo de paz”.

Cinquenta anos decorridos de independência, ainda impera a lógica da “história do vencedor, que se traduz no ignorar e falsear, mesmo sabendo que muitos cidadãos não se reveem na história contada nos cânones oficiais.

Pasme-se, crescemos nos idos anos 70 com a narrativa de uns comerem corações e vísceras humanas. Mais recentemente, não houve sequer entendimento sobre quem verdadeiramente sãos os pais da Nação.

Para “Cidadania” é imperioso a história ser revista e recontada com urgência. Os Acordos de Alvor formalmente reconheceram os lideres da luta de libertação nacional. Por isso, os cidadãos normais, patriotas e conhecedores da história recente do nosso pais, reconhecem, sem qualquer dificuldade, três Pais da Nação, ou melhor, três Heróis da gloriosa Luta de Libertação Nacional: Holden Roberto, Agostinho Neto e Jonas Malheiro Savimbi.

Bessa defende, que estamos em altura de reconhecer sem complexos de qualquer tipo, esta verdade histórica. Ponto final!

A estes três angolanos nacionalistas somos todos gratos pela nossa libertação do jugo colonial. Merecem de todos nós respeito pelos seus feitos e a deposição dos seus restos mortais num Panteão Nacional, que importará, a seu tempo, construir. Tão simples quanto isso!

Deus o Todo-poderoso perdoou os vossos erros, as vossas fraquezas e os vossos pecados, nós também vos perdoamos.

O espirito dos vossos antepassados,
Sementes de Deus nas nossas culturas,
orientador da vossa bravura, nos acompanhe hoje e sempre por uma ANGOLA a construir por um ESTADO a consolidar.

Em nosso entender, e seguindo a experiência bem-sucedida de Madiba na África do Sul, os nossos líderes espirituais, em sede de uma “Comissão da Verdade”, reúnem melhores condições de isenção e imparcialidade para expiar os pecados de quem os cometeu, pacificar os espiritos, reconciliar as famílias desavindas, acarinhar as viúvas e os órfãos, em suma, ajudar a perdoar, trazer a paz de espírito a todos, enfim, trazer uma verdadeira reconciliação nacional. Precisamos de uma amnistia à mwangolé, onde todos perdoam todos!

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