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Quinta-feira, Maio 15, 2025

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Polícia Nacional entre os principais violadores da liberdade de imprensa em Angola

O Dia Internacional da Liberdade de Imprensa foi instituido a 3 de Maio de 1993, com o objectivo de promover os princípios fundamentais, e combater as violações à liberdade de imprensa.

Muito recentemente às forças da ordem e segurança, estiveram envolvidos em mais um acto, que culminou na restrição senão violação de forma compulsiva do direito de liberdade de expressão e imprensa, ao reter por mais de cinco horas, três jornalistas que devidamente identificados cobriam a manifestação do Movimento de Estudantes Angolanos.

Em alusão a data da Liberdade de Imprensa, o site de informação O FLAGRANTE, traz a reação dos profissionais da comunicação em Angola.

Na visão do jornalista do Novo Jornal Fernando Calueto, o que mais entristece no capítulo da liberdade de imprensa são às constantes violações à CRA e a Lei de Imprensa por parte das forças policiais, que mesmo sabendo que não se deve intimidar e deter jornalistas em pleno exercício de funções, ainda assim o fazem e depois se vitimizam.

Calueto entende que acções  contrárias à CRA só trazem recuos à Liberdade de Imprensa em Angola que chegou a ganhar passos com a chegada do Presidente João Lourenço ao poder em 2017, mas anos depois regrediu.

“Conhecemosretrocessos nos últimos anos e isso é visual, embora a posição de Angola hoje no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa não revela isso, mas estatísticas são estatísticas, e a realidade é outra coisa”, disse.

Avança que, Angola não é um dos piores países em termos da liberdade de expressão e de imprensa, mas admite ainda estat longe da excelência e de uma liberdade justa.

Calueto lamenta o facto de não existir em Angola empresas que assumam patrocínios directos aos órgãos privados, e se alguum empresário fizer isso, sabes das consequências que terá.

A realidade crítica da liberdade de imprensa, estende-se um pouco por todo país, de acordo com Adolfo Guerra jornalista da Ecclésia Menongue e correspondente da DW no Cuando, o cenário é o mesmo por conta das intimidações políticas que associam nomes de jornalistas de supostamente estarem a serviço da UNITA, pelo facto de reportarem com verdade.

“Muitos jornalistas foram adjectivados por ‘revús’ e  chagando mesmo a constar em listas dos críticos da província simplesmente por dar voz aos cidadãos que apresentam suas preocupações de variam ordem”, disse para depois recordar que a província conta apenas com dois órgãos privados (Rádio Ecclesia e DW África).

Na visão de Adolfo, as razões que ameaçam a liberdade de imprensa, está muito associado com o perfil de quem governa, que em grande parte se transformam nos principais violadores e incumpridores das normas de boa governação.

Já para Jornalista Victória Cateca a liberdade de imprensa é um direito que assiste à todos os jornalistas a nível do mundo.

Porém, lamenta o facto de muitos países alcançarem patamares altos quanto a liberdade de imprensa, a informação é transmitida de forma liberal sem quaisquer interferência de conflitos de interesse e Angola continua conhecendo recuos neste capítulo.

“Hoje a democracia é ‘pregada’ até pelos ‘ateus’, jornalistas são mortos no exercício da profissão por colocarem em prática técnicas do jornalismo verdadeiro, isento e sem represálias”, lamenta

Em Angola, embora não exista casos de mortes de jornalistas em memória recente, há situações que ocorrem que são a todos os níveis reprováveis, acrescentou Victória.

Jornalista é impedido de fazer o seu trabalho pelas autoridades, uns são detidos e outros comprados, tudo por uma informação controlada e manipulada, finalizou

O Assesor Editorial do Jornal Pungo a Ndongo, Júlio Gomes entende que a liberdade de imprensa hoje ainda é  de certa forma questionável  apesar dos diplomas legais existentes.

“Os jornalistas continuam a enfrentar dificuldades no acesso às fontes. Refiro-me às entidades governamentais que sempre que instadas escudam-se na necessidade  da famosa ‘ordem superior’ que autorize a falar”, disse.

Para Júlio Gomes, o lema de ‘comunicar melhor’ do Governo não está a ser cumprido à letra.

Por outro lado, recorda que desapareceu boa parte dos jornais tradicionais em papel, já que o acesso às gráficas para a impressão tornou-se num verdadeiro  busílis, devido ao aumento drástico dos preços.

Na visão do assessor editorial, significa então, com isso, que a indústria da democracia sumiu, ou seja, às gráficas são isso mesmo: indústria da democracia.

“De todas as formas há um pouco mais de abertura no mandanto do actual Executivo do que no que  o antecedeu. Há liberdade de expressão, porque as pessoas hoje se exprimem muitos mais criticando e expondo os seus pontos de vista do que no passado”.

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