Pelo menos 91 estabelecimentos comerciais foram vandalizados, em três dias de greve e tumultos, nas províncias de Luanda e Malanje, de acordo com um relatório preliminar da Associação de Empresas de Comércio e Distribuição Moderna de Angola (Ecodima).
A par das lojas vandalizadas e detenções de indivíduos envolvidos nos atos de motim, arruaças e pilhagem, o relatório da Polícia Nacional confirma mais de 25 óbitos de civis que segundo relatos insurgiram-se contra os agentes da ordem.
Com vista a aliviar o impacto negativo e manter a continuidade dos postos de trabalho em risco, o Executivo anunciou esta segunda-feira, em Luanda, a criação de uma linha de financiamento no valor de 50 mil milhões de kwanzas para apoiar empresas atingidas nos actos de vandalismo e pilhagem.
De acordo com o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, as empresas podem dirigir-se ao Banco de Poupança e Crédito (BPC), escolhido pelo Governo para operacionalizar estes créditos com uma taxa de juros de 5,0 por cento e período de carência de nove meses.
A equipa económica do Governo reuniu esta segunda-feira, no Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), com os empresários e associações da classe, para definirem as melhores formas destes apoios chegarem rapidamente aos agentes económicos afectados pelos actos de pilhagens e vandalizações ocorridas nos dias 28, 29 e 30 de Julho em várias províncias do país, com epicentro em Luanda.
Esta linha de financiamento tem como propósito a mais rápida reposição de “stocks” e manutenção dos postos de trabalho ameaçados.
C/JA