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“Exame nacional não aliviou o impacto da corrupção nas escolas públicas” – Francisco Teixeira

Em cumprimento as orientações do Ministério da Educação, através do Decreto Executivo nº 28/2024 de 12 de Junho, determina que as inscrições aos institutos médios públicos, entretanto, pela primeira vez na história de Angola desde que se conhece como independente, os exames de acesso ao ensino médio técnico profissional ocorreu por via online.

Vale recordar que no passado dia 17 de Julho, o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA), denunciou durante a última conferência de imprensa, o ‘fenómeno gasosa’ no acto de inscrição.

Segundo o MEA, a Escola Técnica de Saúde de Luanda (IMSL), Instituto Médio de Economia de Luanda (IMEL), Instituto Médio Industrial de Luanda (Makarenko) e o Instituto Médio Politécnico Alda Lara, estão, entre as escolas com mais alto nível de corrupção em Luanda, no acto de inscrição.

O Movimento considera que o índice elevado de corrupção nas escolas públicas e o silêncio das autoridades são factores fulcrais que ‘empurra’ muitas pessoas para fora do sistema de ensino académico.

Passado uma semana da abertura oficial do ano letivo 2024-2025, o Presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos, Francisco Teixeira, denunciou em exclusivo ao O FLAGRANTE, o esquema de comercialização de vagas à céu aberto no Instituto Politécnico do Zango 0, pelos seguranças, apesar do arranque do ano lectivo.

Questionado sobre a eficácia da implementação dos exames nacionais, bem como o processo de inscrição aos institutos técnicos-médios público, através do site do Ministério da Educação, Francisco Teixeira, fez saber que a eficácia passa pelo governo ter escolas suficientes para todos. “Só para ter uma ideia, Luanda precisa de 600 escolas, para tirar milhares de crianças fora do sistema de ensino”.

“Só para ter uma ideia, Luanda conta com apenas 544 escolas públicas, diferente dos colégios privados que contam com um total de 3 mil instituições do ensino”. Repara que, quando a procura é maior que a oferta, o mercado negro ganha vida, ressalta.

Arranque do ano lectivo 2024-2025 deixa mais de um milhão de crianças fora do sistema de ensino

O governador de Luanda, Manuel Homem, conduziou o acto provincial de abertura do ano lectivo 2024/2025, decorrido nesta segunda-feira no município do Cazenga, tendo na ocasião avancado que o Executivo aprovou um programa de reabilitação de nove escolas a nível da província.

Manuel Homem admitiu que a província de Luanda precisa de 600 escolas de diferentes graus de ensino, no sentido de atender o número de crianças que se encontram fora do sistema de ensino, tendo em atenção que o arranque do ano lectivo 2024-2025, deixou mais de um milhão de crianças fora do sistema de ensino.

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